Rush - Moving Pictures



Não foi o primeiro álbum do Rush, mas Moving Pictures, lançado em 1981, foi quando Rush mostrou mesmo o seu potencial, tanto instrumental quanto criativo. Não é um disco longo. São cerca de 40 minutos de muito rock progressivo com muito solo de guitarra, riffs criativos no baixo e viradas surpreendentes de bateria.

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Se você não é um fã de Rush, mas gosta de rock, é bem provável que só conheça Tom Sawyer, o maior clássico da banda. Não só pelas mudanças de sentido da música e pela letra criativa, mas também por no Brasil ter sido a trilha de abertura da série MacGyver - Profissão Perigo, febre na década de 1980.

É importante destacar algo quando se fala de Rush. O vocalista, o baixista e o homem dos efeitos nas músicas é o mesmo: o monstruoso Geddy Lee. Ver a performance ao vivo desse cara é coisa de maluco. Não pense que só porque o guitarrista Alex Lifeson só toca guitarra, e porque Neil Peart só toca bateria que eles ficam atrás. O instrumental é o ponto forte do Rush, permitindo que as músicas tomem qualquer rumo e tenham mudanças em momentos inesperados.

Depois de mais uma sequência de riffs conjuntos entre baixo e guitarra em Red Barchetta, chega a hora do gogó de Geddy Lee descansar em YYZ. Devo muito a essa música. Não gostava de instrumentais até conhecer YYZ. Achava cansativa e com os músicos querendo aparecer mais que a melodia. Mas esqueça tudo isso. YYZ evidencia um outro lado. Até quando há um solo, todo o resto da banda está em harmonia. Certeza que se você é um fã de Rush, a hora que ouve, você "canta" os instrumentos e o ritmo dessa música.

O álbum ainda conta com Limelight para fechar o lado A. Hora de virar o disco... e dar de cara com uma das composições mais longas do Rush: The Camera Eye toma mais da metade do lado B, com 10:59, apesar de devido às mudanças de direção não ser uma música cansativa. Witch Hunt também é um clássico com atuações devastadores de Peart e Lifeson. Por último, uma música que mostra como o Rush é eclético. Vital Signs tem uma pegada reggae, o que fez com que fosse criticada, mas na verdade, para encerrar esse álbum, creio que caiu como uma luva. Um som mais tranquilo com instrumental complexo cai bem.

Recentemente, li uma entrevista à Rolling Stone muito boa do Geddy Lee em que ele fala sobre o Moving Pictures. O trecho traduzido pelo Whiplash fala da relação do Rush com Tom Sawyer. Vale a pena conferir nesse link.

Moving Pictures vendeu cerca de quatro milhões de discos. No Brasil, não é difícil encontrar versões de época. Como havia dito, o álbum popularizou com o sucesso de MacGyver. No Mercado Livre, é possível encontrar versões em bom estado a partir de R$ 60.


Lado A
1. "Tom Sawyer" - 4:31
2. "Red Barchetta" - 6:10
3. "YYZ" - 4:23
4. "Limelight" - 4:20

Lado B
5. "The Camera Eye" - 10:59
6. "Witch Hunt (Part III of Fear)" - 4:46
7. "Vital Signs" - 4:47

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